Cento e sessenta mil pessoas associadas ao plano de saúde da Golden Cross passaram, desde a última segunda-feira (30), a ter um novo plano, com a compra da empresa pela Unimed Rio. Desde então, muitos segurados estão enfrentando dificuldades.

A Agência Nacional de Saúde (ANS) aprovou a transação entre a duas empresas. No papel é simples, mas a realidade de quem precisa de atendimento está complicada. Há muitas pessoas reclamando e sem saber o que fazer.

A psicóloga Stela Kleiman gastou R$ 371 para fazer exames agendados há bastante tempo no laboratório do plano que ela paga há 31 anos. A mensalidade não é barata, custa mais de R$ 1,5 mil por mês. “É muito triste isso. Você se priva para pagar o convênio, porque pensa que vai ter mais tranquilidade e de repente vem tudo por água abaixo”, lamenta.

Quem está na mesma situação de Stela, precisa procurar o contrato e ler atentamente. Segundo o Procon, a nova empresa não pode mudar as condições estabelecidas lá atrás. Isso tem a ver também com a data base de reajuste.

A nova empresa é obrigada a manter a cobertura, a carência e uma rede de atendimento nas mesmas condições do contrato feito com a empresa antiga. Além disso, o que estava agendado tem que ser respeitado: exames, consultas e cirurgias devem ser feito nos mesmos locais.

“Não tem prazo, não foi fixado prazo. Se está agendado, inclusive aquelas senhas, alguns procedimentos exigem liberação de senhas, têm que ser revalidadas para esse consumidor automaticamente tenha atendimento com aquele profissional ou naquele estabelecimento com quem ele havia agendado”, explica Selma do Amaral, diretora de atendimento do Procon-SP.

Para novos procedimentos, o Procon esclarece que pode haver mudança, por exemplo, de  laboratórios, de médicos, mas não de hospital.

Stela vive agora uma angústia. Sem carteirinha, sem livro do convênio e sem conseguir falar com ninguém. Só em uma ligação para a Unimed, ela levou 16 minutos e não conseguiu atendimento.

De acordo com o Procon, o consumidor deve ser atendido com a carteirinha velha e deve pedir reembolso se for obrigado a pagar por qualquer procedimento.

A Unimed Rio confirma que os pacientes que estejam no meio de um tratamento, internados ou com cirurgias marcadas vão continuar com os mesmos serviços até o fim do procedimento.

A ANS diz que está acompanhando esse momento de transição e mantém no seu site um lugar para reclamações.

FONTE: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2013/10/transacao-entre-empresas-de-plano-de-saude-prejudica-usuarios.html